sábado, 13 de novembro de 2004


webmaster

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a fome de informação e a sede de conhecimento:
a maior vantagem das rádios de internet, dos mp3 e de toda mídia de som digital é poder ver imediatamente os créditos das músicas.
(mas nas rádios tradicionais a conexão com os ouvintes era sempre estável, não era? se não me falha a memória, como a do computador).
o que gosto nas rádios em geral é ouvir pela primeira vez alguma coisa legal e pela 3465ª vez alguma coisa amada, como um presente dos céus sonoros só pra mim (com dedicatória e tudo).
por falar nisso, descobri que no momento gosto de Beck.

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há 50 anos

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tá bom, eu explico melhor.
mas é a última vez, aproveite:
eu não moro nem trabalho no alto da favela.
num bairro e no outro, distantes e em quase tudo diferentes, por essas coincidências do destino sou vizinha, mais ou menos próxima, de comunidades disputadas por diversas lideranças, digamos assim.
no trabalho, um pouco mais próxima do que seria recomendável para a saúde, mas não ganho adicional de insegurança.
no lar, do lado iluminado da Força - que é uma uma pedra lisa e íngreme - sem janelas abertas para o crime (a não ser o do pianista assassino de paciências do apartamento em frente).
e no entanto acredite: espero viver até os cem anos, e com um corpinho de 90, nesta mesma bat cidade, nestes mesmos bat arredores.


até porque hoje aquele passarinho (gosto de pensar que é o mesmo) visitou minha janela de novo, o que é um sinal de que ainda sobrevivem os passarinhos por aqui.

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Rio, terra de contrastes
onde você pode ouvir beatles e sons alternativos em plena feira nordestina, saboreando devassas e/ou magníficas com as delicadezas & brutalidades comestíveis de um box típico (tipo assim como são típicos os lugares nordestinos em uma novela global).
e sair comendo curau e pé-de-moleque no papel de café-da-manhã.

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filme noir.


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de noite eu sinto saudades de Moorea
mas sonho com as ruelas medievais de Assis - e o sol, o mesmo sol dos dois lugares me torrando a cabeça.

também tenho nostalgia do sol dos extremos, que nunca se põe ou nunca chega.
hoje tinha uma foca ronronando no telefone, eu entendo bem o que dizem as focas.
mas não vou voltar tão cedo.

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invejo suas asas, as minhas são transparentes demais, instáveis demais, me deixam na mão de repente.

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Mutarelli

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