quarta-feira, 18 de agosto de 2004

droga.
tantas mensagens em coreano no meu correio.

não digo que esteja certa, se estivesse não teria me ferrado sempre que tentasse agir por impulsos inadiáveis, mas por que raios a vida não pode ser mais simples? pra que tanta dificuldade, tanta tensão, tanta curiosidade borboletando lá dentro e nenhum movimento pra desatar o barbante da inércia enrolado nas pernas?

a gente alimenta esperanças com pastéis de vento. depois tem que andar por aí com a esperança gordinha na coleira antes que ela escape e galope entre os carros, antes que ela nos coma num acesso de fúria, pra gastar suas forças. pra não querer, não pensar nem achar nada. pra não perguntar nada a ninguém. pra não comer morcego. pra não produzir mais vento.

mas a droga da vontade de ver como seria se acaso fosse aponta no horizonte o tempo todo e é triste constatar como é fácil desistir dos nossos futuros possíveis.

sei lá, entende? mil coisas complicadas e uma loura querendo entender a tal palavra intraduzível.

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