sábado, 13 de dezembro de 2003

resoluções de ano novo: não trabalhamos.

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reggae napolitano (!!??), faz tempo que não ouvia tais músicas estranhas.
acho que foi aquele bolinho.

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primeiro foi o ótimo Nove Rainhas () com "il ballo del mattone". depois o maravilhoso Plata Quemada () com "cuore". foi assim que os argentinos (!) me levaram a fazer um arrastão de Rita Pavone no kazaa (nas gravações originais da década de 60, claro, mesmo com aqueles backing vocals insuportáveis, tipo corinho de igreja - uuuuu - nas "românticas". aliás, ô década pras gravadoras enfiarem corinho em qualquer gravação, né? cada coisa nada a ver, estragando tudo em qualquer gênero musical, até Chico Buarque tinha corinho!)
mas ô bregaiada boa, trilha sonora dos amores adolescentes em Brasília (perché non è facile avere 13, 14.. 18 anni), e também responsável por minha primeira amizade-de-Napster, de Firenze, que dura até hoje.
mas tirando a alegria das recordações, é duro ouvir aquilos na frente dos outros sem morrer de vergonha...

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para pedidos a Papai Noel, disque 2.
no momento todos os nossos ramais estão ocupados.
tente mais tarde.

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aqueles meninos de rua, que aflição, tão pequenininhos soltos pertinho do meio fio, à beira da arena dos monstros-carros búfalos bufantes que tentam abrir passagem à força.
mas eu nunca soube de meninos criados assim que morressem atropelados.

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alguns habitantes desta cidade devem ver mesmo o natal como uma provocação.

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todo dia é dia, toda hora é hora.

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você não imagina o que é caminhar de manhã por aquela rua.
de um lado tem a praia, do outro a Lagoa, mas não falo delas, falo da rua mesmo, das calçadas, das árvores e canteiros, dos prédios com varanda e sem garagem nem elevador, dos bares lavados, dos passarinhos cantantes, da luz daquela rua.
do que me faz tão bem e acerta todos os mecanismos desajustados quando ando por lá.
alguns lugares são assim, surpreendente e despretensiosamente regeneradores.

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é tão óbvio: posso viver com muito pouco, só não tentem me curar da minha polianice em momentos de reunião de forças, é uma questão de customização da sobrevivência emocional.

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um dia ainda vamos rir disso tudo.
mais ainda.

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Crumb
"uma parada muito doida q aconteceu com o Philip K. Dick e foi quadrinizada pelo Crumb" (Marcos).

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pois é, eu tenho um bebê fofo cheio de necessidades ao alcance da mão mas acabo trocando fralda de cachorra freak louca, porque isso ninguém quer.
paciência preciso eu de.

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tem dias em que eu necessito desta Journey to the stars (man or astroman?) ou quase qualquer Dick Dale, pra ser feliz, sabe? o Tahiti é aqui. ()

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