terça-feira, 30 de dezembro de 2003

recuerdos de 2003:

foi o ano de uma nota só, marcado, registrado e carimbado do primeiro ao último dia, e arrisco a dizer, quase as 24 horas de cada um desses dias.

com aqueles ferros em brasa de gado, sabe? mas nas circunvoluções cerebrais.

o ano da fome, da sede, da falta de noção, da falta. perdida no deserto, vagando entre miragens e achando tudo normal.

pior: achando tudo bem assim mesmo.
pioríssimo: achando que ia melhorar.

e agora? agora nada. toca a comer areia pra ver se passa.



não quis fazer balanços, promessas, pedidos nem listas de nenhum tipo este fim de ano, o que morreu morreu e o que vai nascer ninguém sabe. tou de saco cheio de esperanças inconvenientes, desejos cegos, projetos absurdos, previsões otimistas e suas conseqüentes frustrações sucessivas.
mas vai daí que sempre que tou aqui fazendo hora (pra me divertir, acredite.. eu consigo), já sabe: a maldição dos Últimos Dias ataca novamente. então deixa ela.
o que foi, o que não foi, o que devia ter sido e o que não devia mas agora é tarde.
toda resolução de ano novo é inútil, mas no meu caso, em 2003 toda resolução foi inútil.
então não mais resoluções, planos e avaliações antecipadas, não mais a mania de tentar entender o que se passa e/ou adivinhar futuros (o que também é uma resolução, mas esta pode).
começar de novo e contar comigo, não deve ser tão difícil assim.


feliz ano livre.

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