quarta-feira, 25 de fevereiro de 2004

adiós, ilha da fantasia.

agora, a looooonga segunda-feira (de cinzas).



comentário superatrasado, porém incontenível: pensei que a decoração de natal deste ano fosse a pior da história do Rio de Janeiro, a mais boba, fuleira, mal feita e ridícula iluminação de sininhos e anjinhos nos postes. qualquer professora primária faria melhor pra sua escolinha.
mas aí a propaganda da vivo com a prefeitura, que chamaram de decoração do carnaval, conseguiu superar em feiúra e desgraça qualquer outra coisa que você já tenha visto num poste desta cidade (inclusive na extremidade inferior, aquela que fede.)



próxima parada: continente da realidade.
estação terminal. todos os passageiros devem desembarcar.
inclusive você aí escondida embaixo desse banco.



então acontece que todo mundo tá de mudança do blogger-br, seja pelas limitações aos não-assinantes, seja pelos transtornos indiscriminados, como o limite de 10 meguinha por usuário e as "manutenções" que interrompem o serviço naquele momento de crise blogal em que a gente PRECISA da droga - o que me fez abandonar o viagem2-blogger-br com dois meses de uso.
mas é claro que Maria Manoa fez três blogs de imagens no blogger-br, acreditando no subimento fácil de jpgs, depois de algumas experiências anteriores digamos frustrantes.
ah, e a despeito de não utilizar os espaços que beiram o limite, estamos obrigados a mexer neles pra que não sejam deletados por abandono, cláusula muito clara do contrato.
tudo porque, como boa Manoa, acreditei que ELES teriam um nome empresarial a zelar (organizações Satã?) e zelariam, e sou assinante do jornal o globo, da net, do vírtua, meu provedor é o globo.com (que inutilizou pra sempre meu endereço respectivo de e-mail, atualmente uma lixeira de spams que só visito pra esvaziar). bem feito, quem mandou.
então, enquanto não mudo os fotoblogs e os desenhos do claro/escuro pra alguma outra parte do ciberuniverso que receba imagens facinhas de postar, eles ficarão ali quietinhos descansando.
(preguiça cinzenta... segunda-feira eu vejo isto).



imagine: você viaja e deixa alguém em casa, pra dar uma geral, molhar as plantas, socorro em emergências.
volta e sua casa foi pintada, todos os eletrodomésticos meio tronchos foram consertados, todas as louças estão limpas, os armários cheios de mantimentos, os cds arrumados por ordem alfabética e objetos do milagre da multiplicação, o chão varrido e as plantinhas florescendo.
choque total, não é?
e se isto acontecesse no seu computador?
o hd muitos quilos, digo, gigas mais magro sem aquele lixo todo, os arquivos em ordem, programinhas simpáticos surgidos das brumas do além e a maior cara de ano novo enfim começado.


geeks: há atenuantes



e então fui infectada por e-mail:

olá,

I am a Portuguese virus, but because of poor technology and no money in my
country, I am not able to do anything with your computer. So, please be kind
and delete an important file on your system and then forward me to other users.

obrigado




outros carnavais:
gentilezas calientes, lavandas na sauna, as flores mais bonitas deixando o jardim, vinhos das melhores safras se despedindo da adega, calor muito além da lareira.
quase tudo, quase mel, quase lua.
quase um castelo das vinte e uma noites.



ele fez uma poesia.
concreta: desenhou na espuma do cappuccino, jogou açúcar na mesa pra emoldurar, cortou iniciais na toalha de papel e juntou-as para uma viagem inesquecível em nave de guardanapo.
(assim, uma instalação, uma decoração de festa escolar. ou uma lambança, como preferir :)



la Tierra del Fuego es acá, tolinhos. as chamas, as brasas, as cinzas.



Por la blanda arena que lame el mar
su pequeña huella no vuelve más
y un sendero solo de pena y silencio llegó
hasta el agua profunda
y un sendero solo de penas puras llegó
hasta la espuma

Sabe Dios que angustia te acompañó
qué dolores viejos calló tu voz
para recostarte arrullada en el canto
de las caracolas marinas
la canción que canta en el fondo oscuro del mar
la caracola

Te vas Alfonsina con tu soledad
¿qué poemas nuevos fuiste a buscar?
Y una voz antigua de viento y de mar
te requiebra el alma
y la está llamando
y te vas, hacia allá como en sueños,
dormida Alfonsina, vestida de mar.

Cinco sirenitas te llevarán
por caminos de algas y de coral
y fosforescentes caballos marinos harán
una ronda a tu lado.
Y los habitantes del agua van a nadar pronto a tu lado.

Bájame la lámpara un poco más
déjame que duerma, nodriza en paz
y si llama él no le digas que estoy,
dile que Alfonsina no vuelve.
y si llama él no le digas nunca que estoy,
di que me he ido.

Te vas Alfonsina con tu soledad
¿qué poemas nuevos fuiste a buscar?
Y una voz antigua de viento y de mar
te requiebra el alma
y la está llamando
y te vas, hacia allá como en sueños,
dormida Alfonsina, vestida de mar.


(Alfonsina y el Mar, de Ariel Ramirez y Felix Luna)

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