sexta-feira, 27 de fevereiro de 2004

democracia absoluta sintética:
acho que se o Igor chegasse pro pai, já adolescente, e dissesse: "pai, sou gay" ele ouviria (depois de tensos segundos mudos) um "é mesmo, meu filho? e você tem namorado?"
e se respondesse: "tenho, um palestino, e por falar nisso viajo amanhã pra área de conflito" (porque ninguém duvida que essa guerra vai até o último ser vivo da região deixar de sê-lo), o pai lhe diria, aflito: meu filho, pensa bem, é perigoso, você precisa refletir melhor sobre suas opções políticas..."
"tem problema não, pai, não quero saber de política, vamos traficar armas e drogas."
"mas filho, é.. você sabe o que pensamos sobre isto, não concordamos absolutamente. mas se for sua decisão estaremos do seu lado".
mas... se Igor então guardasse a revelação-bomba pro final: "pai, eu não sou Flamengo".
aí :"já pro seu quarto, garoto, tá de castigo sem videogame (ou o equivalente daqui a 15 anos) por uma semana!"
(moral da história: se tu nasceu framengo por parte de pai e mãe, avós, bisavós, tios e vizinhos, democracia é o caramba.)

pp: é brincadeirinha, hein. a formação do caráter dele jamais permitirá que descambe pra caminhos tão indignos, como não ser flamengo. mas se ele quiser, não será torturado por isso. digamos que sofreria apenas uma certa pressão familiar.

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