segunda-feira, 17 de maio de 2004

acho que peguei gripe pelo msn (virus são virus) e soube de fonte confiável que não há hospitais em Manoku do Oeste.*
os pajés, ou feiticeiros, ou o que seja banham os doentes em infusões de ervas daninhas num tanque coletivo e quem piorar com o frio é abatido a tiros pra ajudar a seleção natural, porque a proliferação de fracos e doentes renitentes faz cair a cotação das ações de ervas daninhas curativas no mercado internacional.
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(*) onde se encontra S trabalhando no momento (hoje não, que tá no tanque).
e sei lá onde fica Manoku do Oeste, mas passa do fim do mundo e não há torres, não há base, as ondas de todo tipo ficam retidas nas montanhas. não há luz elétrica nem civilização sobre rodas, só se chega lá nadando. desviando de tubarões assassinos famintos que comem surfistas.
e lá chegando, os nativos te recebem com flores, danças sensuais e beberagens exóticas e vasculham seus bolsos pra não deixar entrar nenhum resquício de capitalismo selvagem que possa contaminar a pura sociedade primitiva preservada. confiscam cheques, dólares, euros, cartões, comprovantes de depósito em paraísos fiscais, tudo.
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pp: ah sim, esqueci de explicar o funcionamento do msn numa terra sem computadores: vai-se pra boca do vulcão (em atividade moderada) e de lá transmitem-se os sinais de fumaça de longo alcance (sinais binários de fumaça) até o centro urbano mais próximo, na Tailândia, onde são digitalizados e enviados ao destinatário. a resposta segue o caminho inverso. demora um pouco mais que o normal, mas tudo bem, melhor que nada. as cartas levavam anos atravessando mares nos botes.

tatu

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