sábado, 15 de maio de 2004

por que são simpáticos os sábados de chuva:
porque a gente pode tomar café da manhã grupal fora de hora na Cafeteria Perfeita; porque a gente pode jantar pipoca e pizza e biscoito polvilho e chocolate; porque a gente sempre torce pela equipe que perde na Guerra do Ferro-Velho e vai montar uma empresa de efeitos especiais pra ficar explodindo coisas que nem os Mythbusters; porque a gente ouve música pra abafar o pianista alucinado e pode redescobrir uns discos velhos; e pode adivinhar os pensamentos dos outros (que deverão usar capacetes de folhas de alumínio Rochedo pra se proteger); porque a gente pode usar meias, botas e casaquinho quentinho fofinho pra variar do calor de sempre; e pode conversar horas sobre símbolos, signos e animais sagrados acebolados com batatas fritas, e vírus que fazem os peixes perder o rumo e nadar em círculos e são transmitidos pra cientistas que não conseguem sair do laboratório, e a supremacia da natação, do boxe tailandês e do sexo tântrico sobre a psicanálise, e tantos outros assuntos relevantes; porque a gente pode cochilar no sofá e perguntar sobre a parte que perdeu do filme, e depois contar a parte que outro cochilante perdeu, porque o filme é praticamente um tratamento anti-insônia; porque a gente pode ver uns desenhos repetidos tão legais inesquecíveis desde a remota infância.
mas tem também aqueles momentos em que chove dentro e não há strokes que consertem.

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