sexta-feira, 28 de maio de 2004

§.... coisas bregas que me fazem feliz ....§

são tantas. mas algumas nem me despertam o desejo de posse, basta olhar cada vez que uma oportunidade aparece. sabe aqueles cubos ou paralelepípedos de acrílico, com uma "esculturinha" virtual dentro? uma imagem gravada em 3 dimensões, tão delicadinha, eu vejo um por um dos chaveiros, ou pesos de papel, ou o que tiverem feito dos acrílicos com o mesmo espanto renovado e repetido.
ah, e adoro uma coisa transparente qualquer com luz atravessada se desprismando em mil arco-íris na parede (como um brilhante que partindo a luz explode em sete cores, mas convenhamos, tem aí um toque hans donner complementando jobim).
e gosto de plásticos em geral. coisas de plástico de cores fortes, em particular. prateleiras de lojas com muitos plásticos de cores diversas. nunca serei neutrinha no assunto de cores. mas não que me vista, ou arrume a minha casa como num carnaval tabajara, apenas gosto de conviver com certos comprimentos de luz no meio do negrume ou da branquidão, ou das outras cores-fundo.
e tem também as coisas que brilham, piscam, refletem, silhuetam, translucidam. de lavalamps a luzinhas de árvore de natal, passando por vidros de todas as espécies, transparentes, jateados (mas sem desenhinhos, que também é demais), canelados, molhados de chuva. coisas aparecendo por trás de vidros, coisas sutilmente sugeridas, silhuetas, reflexos deformados.
(importante observação: lavalamps, não aquelas imitando foguetinhos, mas as antigas grandonas que pareciam colunas de vidro, com muitas bolhas. e luzinhas de árvore de natal na própria árvore, porque aqueles arranjos natalinos "teia de aranha" improvisados nas portas e jardins dos prédios até acabam com a idéia positiva de breguice).
falando nisso eu nunca tive uma arvorinha de natal de fibra ótica, que acende na ponta e muda de cor. nem terei. mas gosto de ficar vendo aquilo.
e sempre tive caleidoscópios. não que ache brega, só está aqui no post porque me lembrei do primeiro caleidoscópio que se quebrou na minha frente, e o encantamento estupefaciante que me acometeu vendo aqueles pedacinhos de vidro ou plástico colorido, lantejoulas, fechos de gancho de metal, vidrilhos, botões, foi inesquecível. como aquilo tão comum podia se transformar nas imagens mais fantásticas do mundo? gênio, o inventor do caleidoscópio.

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