ser Flamengo foi genético, sem discussão, mas eu não tinha grandes aproximações com escolas de samba pra ter alguma preferência nesta área.
e aí aconteceu: um desfile de campeãs pré-sambódromo, à noite, eu deslumbrada, porque ao vivo é bem diferente da televisão, e eis que um rio passou na minha vida.
todos os tons de azul do universo, entremeados com brancos e pratas, era impossível não ficar hipnotizada com as alas em ondas. e um samba enredo que não me lembro qual era, mas vou achar sempre lindo. a Portela tinha tirado o segundo lugar (lembrando que é um desfile pós-carnaval) mas eu torci assim mesmo, lá por dentro. e gastei um filme quase inteiro tentando registrar o impossível, a emoção.
acho que ao mesmo tempo descobri Paulinho da Viola, Clara Nunes e o samba mais perfeito desde o início dos tempos pra homenagear minha - agora minha - escola (..não posso definir aquele azul, não era do céu, nem era do mar...), e aí foi covardia, um exagero de motivos, nem precisava.
raramente passo o carnaval aqui, mas fui ao sambódromo três vezes, duas como convidada em camarotes, a outra arrastada por uma galera convincente pra conhecer o clima das arquibancadas.
e logo na minha estréia a Portela atacou de oke oke Oxóssi, faz nossa gente sambar...
(Contos de Areia

em 2004, dupla portelice na passarela).
mas não vou ver, espero estar bem longe daqui no carnaval :)
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