sexta-feira, 30 de janeiro de 2004

o dia em que descobri a Portela

ser Flamengo foi genético, sem discussão, mas eu não tinha grandes aproximações com escolas de samba pra ter alguma preferência nesta área.
e aí aconteceu: um desfile de campeãs pré-sambódromo, à noite, eu deslumbrada, porque ao vivo é bem diferente da televisão, e eis que um rio passou na minha vida.
todos os tons de azul do universo, entremeados com brancos e pratas, era impossível não ficar hipnotizada com as alas em ondas. e um samba enredo que não me lembro qual era, mas vou achar sempre lindo. a Portela tinha tirado o segundo lugar (lembrando que é um desfile pós-carnaval) mas eu torci assim mesmo, lá por dentro. e gastei um filme quase inteiro tentando registrar o impossível, a emoção.
acho que ao mesmo tempo descobri Paulinho da Viola, Clara Nunes e o samba mais perfeito desde o início dos tempos pra homenagear minha - agora minha - escola (..não posso definir aquele azul, não era do céu, nem era do mar...), e aí foi covardia, um exagero de motivos, nem precisava.
raramente passo o carnaval aqui, mas fui ao sambódromo três vezes, duas como convidada em camarotes, a outra arrastada por uma galera convincente pra conhecer o clima das arquibancadas.
e logo na minha estréia a Portela atacou de oke oke Oxóssi, faz nossa gente sambar...
(Contos de Areia , que este ano, não entendi muito bem, vai ser bisado... pela Tradição, sua dissidência.
em 2004, dupla portelice na passarela).

mas não vou ver, espero estar bem longe daqui no carnaval :)

Nenhum comentário: