terça-feira, 23 de março de 2004

ei, prestenção!

ontem eu falei:
"numa hora dessas eu fico pensando como deve ser difícil ser imigrante num país que te vê como inimigo. alguém que fugiu da insegurança e está da noite pro dia vulnerável aos ataques dos intolerantes da terra estrangeira.
não é fácil ser árabe em qualquer lugar, hoje.
aliás, não é fácil estar fora do default em qualquer lugar, hoje".

mas então, quem é mesmo que tá definindo o default, hoje?
a chefe de programação da Rede Globo de Televisão? as empresas petrolíferas texanas? a cotação do dólar e do euro? o FBI manipulador de mídias pelo mundo, como confessou (oh, é mesmo? nunca imaginaríamos!) o cara na Carta Capital? o Nizan Guanaes, os marqueteiros em geral? os empresários, assessores de imprensa e "líderes espirituais" das celebridades?

quem é que determina o comportamento aceitável, a ética, os valores da tua vida? o que é pecado, o que é inconformismo, o que é reação justa, o que é bobagem?
abre o olho pra não repetir chavões sem pensar, já estamos cercados pelo Big Brother (o do Orwell, que vê muito além das câmeras do chuveiro.)

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